Já fazem alguns dias que não escrevo nada no blog. Muito mais por fraqueza espiritual - criatividade zero - do que mesmo por razões maiores. Até pensei em falar algo sobre a vitória da Dilma, ou mesmo sobre aquela mocinha infeliz que mandou matar afogados os nordestinos... pobre criaturinha sem cultura e sem inteligência, provavelmente mesmo até sem mãe - é a típica filha de chocadeira. Mas não, não me empolguei sobre tais temas. Já estava cansado do clima tenso dessas eleições e não estava disposto a perturbar-me ainda mais com isso.
Porém, bem que eu queria dizer que não escrevi porque estava viajando. Na verdade, longe disso eu estava, mas bem que eu queria. E conversando ontem com o Saddam (não o Hussein, o Barroso), resolvi pensar numa viagem que gostaria bastante de fazer. Daquelas que vem um entrevistador e pergunta: "Uma viagem?", e eu de bate-pronto responderia: "No tempo!". E é exatamente isso. (Re)Descobri o quanto gosto de história (estou sempre (re)descobrindo isso). Deve ser uma veia hereditária. Meus pais são pesquisadores inveterados de histórias da família, árvores genealógicas, pesquisam as cartas das câmaras de suas cidades natalícias. Enfim, a viagem que eu mais gostaria de fazer e que provavelmente nunca farei é uma viagem no tempo. Não precisava nem ir para outras terras. Eu podia ficar aqui, bem paradinho. Bastava retroceder alguns anos. 20 anos. Depois 30. 40. 50. E assim eu ia tendo minhas impressões reais sobre o passado, essa cidade cada dia mais distante que possui sua fisionomia filtrada pelo funil do tempo...