Mostrando postagens com marcador receita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador receita. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mussum, o original

Para tentar dar uma mãozinha em meus leitores "mudos" (parece que só a Caroline tem coragem de se arriscar em um Top5, que apesar de estar mais pra Top10, tá muito bem escolhido!) vou colocar aqui um vídeo que recebi de um camarada meu, camarada desses pra qualquer hora, pra qualquer parada, o Xico. Pode ser que colocando esse vídeo, ele próprio sugira seu Top5... Vamo lá galera, a gente pode inclusive combinar uma feijoada só pra inaugurar o cd, hein!? Que beleza!?
Falando um pouquinho do vídeo, é um desses programas Ensaio, da Tv Cultura. Só que esse é de 72. Antigão, preto e branco. Parece até que era um tempo bom. O Mussum fala nas travas da chuteira do Pelé, numa época que o Pelé ainda dava o ar de sua graça nos campos desse país. É um sambão sensacional, feito pelos originais do samba e que é a cara da feijoada. Podem provar! Bom apetite!


Ps.: quando eu cheguei lá pela Espanha e que não tinha onde ficar, não tinha onde morar, quem me salvou foi Jesus. Calma! Não é nada disso! O sujeito que topou alugar um apartamento pra mim - estudante, estrangeiro e só por 6 meses -, se chamava Jesus. O apartamento era ótimo, bem localizadíssimo, e o melhor: o Jesus também era dono de um bar! O bar se chamava Zócalo e de certa feita ele me convidou para montarmos uma festa brasileira. Ótimo, até que ele disse que eu ia fazer as caipirinhas. Cheguei lá, ele estava com uma garrafa de uma cachaça mineira estranhíssima, sabor rapadura e um litro de Ypióca empalhada. Já tinham meses que eu não colocava uma gota de cachaça na boca (quando eu entrei na faculdade de arquitetura me disseram que doença de arquiteto só são duas: lordose e cirrose...) e eu adorei ver aquela musa empalhada - quem lê isso pensa que eu sou um bebedor inveterado, a bem dizer, um alcólatra... mas já não mais! Foram arroubos da juventude! E mandou eu escolher qual cachaça usaríamos nas caipirinhas. Fiquei com a Ypióca e ainda ganhei um litro de presente. Enfim, tudo isso para dizer que corri pra tentar descobrir uma boa receita de caipirinha e consegui. Ficaram excelentes e agora repasso pra vocês (tudo por um bom Top5 de músicas pra se ouvir comendo uma feijoada!)

1 limão
1 colher (de sopa) de suco de limão
4 colheres de açúcar
1 pitada de sal
e 2 doses de cachaça

Olhem só como é legal. Cortem o limão em cubos pequenos, da espessura de um dedo. Daí, mistura com o suco de limão e machuca tudo, pode ser com um socador. Depois coloca o açúcar e a pitada de sal, mistura e deixa descansando por uns 10 minutos. Depois divide isso em dois copos, coloca a dose de cachaça, um gelinho, enfeita o copo com uma fatia de limão e é correr pro abraço! Bastante bom!
abraços!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

para conquistar pelo estômago

Testando a teoria da Isabelle, de que leitores de blog gostam mesmo é de comida (segundo ela, essa teoria é "batata, batatíssima" e, desde que começou a falar de comida, suas visualizações dispararam!), vou postar aqui uma receita. É ótima para a sexta-feira: fácil, rápida, gorda e gostosa. Ainda mais: vou passar para vocês uma receita de família. Aprendi com minha prima, Luciana.  O mais vergonhoso é que apesar de tão fácil - hoje já sei a receita de cor -, para eu aprender tive que telefonar para ela várias vezes para relembrar. É um Brownie, que alguns chamam de liquidificador, mas que eu nunca consegui fazer em um. Muito simples, vamos aos ingredientes:

3 xícaras de farinha de trigo
3 xícaras de açúcar
5 ovos
1 lata pequena de Nescau (hoje sei que bom mesmo é usar chocolate em pó e não achocolatado como o Nescau, mas como a medida da receita que eu aprendi é uma lata pequena de Nescau e eu não faço idéia de quantos gramas tem uma, vou colocar assim mesmo...)
e pra terminar, 1 pote pequeno de margarina sem sal. Aaah! Nada de usar a margarina gelada em bolo pq fica tudo solado!

Modo de fazer: mistura tudo até ficar uma coisa só, põe em uma forma untada e forno! Claro, pré-aquecer o forno. Segredo: não deixem assar muito, esse brownie fica bom mesmo se ficar assado por fora e por dentro ficar ainda úmido. Já fiz intercalando uma camada da massa, um vidro de Nutella e outra camada de massa. Com doce de leite também deve ficar uma maravilha! Comê-lo com sorvete então, é pra matar!
Assim termino meu teste, vamos ver se a Isabelle tem mesmo razão...
Bom final de semana pra todos, com umas gordurinhas a mais do Brownie!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Comemorando: comer e cantar outra vez!

Fiquei hoje bastante feliz, depois dessas minhas ansiosas duas semanas e meia de blog, cheguei às 1.000 visualizações, o que inclui visualizações, além do Brasil, nos EUA, Canadá, Alemanha, França, Espanha, Chile e mais alguns países. Muito obrigado aos meus pacientes leitores! Desse modo, resolvi fazer uma breve comemoração e, para isso, nada melhor do que comer e cantar, no caso de hoje, cantar e comer!
Eu já vinha pensando em fazer uma postagem falando sobre o fantástico músico jazzista Django Reinhardt e achei que agora seria a ocasião ideal. Procurei aqui pela internet algo para falar sobre sua vida, mas já de cara achei o texto da Wikipédia tão bom (http://pt.wikipedia.org/wiki/Django_Reinhardt), que resolvi publicá-lo quase na íntegra. Coloquei uma pequena trilha com algumas de suas músicas na coluna aqui ao lado, na direita, logo abaixo do "Desafio", aproveitem. Sabendo de sua história e de sua dificuldade para tocar, esse camarada fica ainda mais sensacional. Vejam:

"Django Reinhardt (Liberchies, Bélgica, 1910-1953) foi um guitarrista de jazz.
Foi um dos pioneiros do jazz na Europa e também um dos primeiros músicos não negros nesse estilo musical. Compôs "les yeux noirs". Django Reinhardt passou a maior parte de sua juventude em um acampamento cigano próximo a Paris, tocando banjo, guitarra e violino em danceterias de Paris desde muito cedo. Ele começou com o violino e eventualmente tocava um banjo que havia ganhado. Em sua primeira gravação conhecida (de 1928) ele toca o banjo.
Aos 18 anos, Reinhardt foi ferido pelo fogo que incendiou a casa que ele dividia com Bella, sua primeira mulher.Ela fazia flores artificiais de papel e celulose para viver, por isso a casa deles vivia cheia de materiais altamente inflamáveis. Certa noite, ao retornar de uma apresentação, Django derrubou acidentalmente uma vela quando ia para a cama. Enquanto sua família e vizinhos tentavam salvá-lo ele acabou sofrendo queimaduras de primeiro e segundo grau por metade de seu corpo. Sua perna direita ficou paralisada e sua mão esquerda gravemente queimada. Os médicos achavam que ele nunca mais tocaria guitarra novamente. Ele ainda quase teve a perna amputada, mas deixou o hospital pouco tempo depois e, um ano depois, ele já podia andar com a ajuda de bengalas.


O irmão de Django, Joseph Reinhardt (também um exímio guitarrista), lhe trouxe uma nova guitarra. Através de uma dolorosa reabilitação e prática, Django readiquiriu sua habilidade de um modo completamente novo, mesmo com dois dedos parcialmente paralisados. Ele ainda era capaz de usar esses dois dedos para tocar, mas não para fazer solos. Em 1934, Louis Vola formou o "Quintette du Hot Club de France" com Reinhardt, o violinista Stéphane Grappelli, Joseph, o irmão de Django, Roger Chaput na guitarra, e Louis Vola no baixo. Ele produziu numerosas gravações àquele tempo e tocou com diversas lendas do jazz americano como Coleman Hawkins, Benny Carter, Rex Stewart e Louis Armstrong.
(...)
Reinhardt sobreviveu à Segunda Guerra ileso, ao contrário de muitos outros ciganos que foram executados nos campos de concentração nazistas. Essa época foi muito difícil para Django porque o jazz não era permitido no regime nazista. Ele teve a ajuda de um oficial da Força Aérea Alemã chamado Dietrich Schulz-Köhn, conhecido como Doktor Jazz, que admirava muito sua música. Em 1943 ele casou com Sophie Ziegler in Salbris, com quem teve um filho, Babik Reinhardt, que também acabou se tornando um respeitado guitarrista.
(...)
Django Reinhardt foi uma das primeiras pessoas a apreciar e entender a música de Charlie Parker e Dizzy Gillespie. Ele chegou a procurá-los quando chegou a Nova Iorque, mas infelizmente eles estavam em alguma turnê. Depois de retornar à França, Django passou o resto de seus dias voltando para a vida cigana, com dificuldade de se adaptar à vida moderna. Um dos eventos mais enigmáticos foi quando Reinhardt abandonou, na beira de uma estrada, um carro que havia acabado de comprar porque havia acabado a gasolina. Às vezes Django aparecia para um show e não levava seu instrumento, se mudava de repente para a praia ou para um parque, e às vezes se recusava a levantar da cama.
O conceito de "Lead Guitar" (Django) e "Rhythm Guitars" (Joseph Reinhardt / Roger Chaput) nasceu no Quintette Du Hot Club De France. Eles usavam suas guitarras para percussão quando não havia percussão de verdade na sessão. Mais tarde ele formou uma nova banda com saxofone, trompete, piano, baixo e bateria. Ele continuou compondo, e é lembrado como um dos mais talentosos guitarristas do Jazz.
Em 1948, Reinhardt recrutou alguns músicos italianos de jazz (baixo, piano, percussão) e gravou um de seus mais aclamados trabalhos, “Djangology”, mais uma vez em parceria com seu compatriota Stephane Grappelli no violino. Entretanto, sua experiência nos EUA havia feito dele uma pessoa diferente da que Grappelli havia conhecido, influenciado principalmente pelo jazz americano. Mas nessa gravação, Django voltou a suas raízes, tocando de novo a acústica Selmer-Maccaferi. Esta gravação foi recentemente descoberta por entusiastas do jazz e está disponível para venda nos EUA e Europa.
Em 1951 mudou-se para Samois sur Seine, França, perto de Fontainebleau. Ele viveu lá por dois anos até 16 de maio de 1953, quando, retornando da estação de trem de Avon, ele desmaiou devido a uma hemorragia cerebral. O médico levou o dia todo para chegar e Django foi declarado morto ao chegar no hospital em Fontainebleau."


Continuando a celebração, vou colocar aqui uma receita simples, aparentemente muito boa (ainda não a testei!), e que tem uma cara muito bonita. Chama-se "Sorvete de romã sem esforço" e é do livro da Nigella Lawson, aquela bonitona que aparece cozinhando no GNT e vai assaltar a geladeira de noite. O livro é ótimo e se chama "Nigella Express", da Ediouro. Aí está a receita:

"Não é difícil pensar em uma sobremesa que possa ser feita com antecedência. Mas, na maioria das vezes, a vantagem é ter tido todo o trabalho mais cedo. Nesse caso, você prepara tudo com antecedência - eis uma boa razão: é um sorvete -, mas sem nenhum trabalho. Não precisa fazer nenhum creme, não precisa tirar a fôrma do congelador e ficar batendo o sorvete. Basta espremer as frutas e misturar. 
Além desse bom motivo para alegria, há o fato de que esse delicado sorvete cor-de-rosa tem gosto de paraíso.

2 romãs (mais as sementes de uma terceira, para decorar)
1 limão
175g de açúcar de confeiteiro
500ml de creme de leite fresco

1. Tire os sucos das romãs e do limão e ponha numa tigela.
2. Junte o açúcar de confeiteiro e misture para dissolver.
3. Junte o creme de leite fresco e bata tudo junto, até que se formem picos macios no creme cor-de-rosa.
4. Com uma colher, transfira o creme para um recipiente de fecho hermético e deixe no freezer por pelo menos 4 horas, ou de um dia para o outro.
5. Antes de servir, polvilhe o sorvete com sementes de romã.

Rende 8 porções."

Aí abaixo um vídeo do Django:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

um brinde a la Chavela y Sabína!

Antes de mais nada, eu vou publicar aqui em primeira página um comentário que recebi acerca do texto de ontem. Enviado pela Caroline, achei-o sensacional:


po, ruy castro merece tb todas as honras! acrescento ai na lista das leituras indispensaveis outra biografia escrita por ele: "o anjo pornografico - nelson rodrigues", que dizia o seguinte sobre o brasileiro:

"O brasileiro não está preparado para ser 'o maior do mundo' em coisa nenhuma. Ser 'o maior do mundo' em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade."



Muchas gracias, Caroline!


Começando o fim de semana possivelmente prolongado, eu gostaria de deixar aqui um brinde à todos, celebrando minha empolgada resistência a já uma semana de blog! (passou voando, mas ainda me sinto carente de comentários e seguidores! hahahaha).
Primeiramente, eu gostaria de sugerir aos que têm a mania de passar a noite acordados, como eu  (apesar de adorar dormir e não ter a menor necessidade de possuir hábito tão degradante; mas é que projeto de arquitetura pra mim é sinônimo de noite virada... acho que foi esse o principal legado que a faculdade me deixou) a receita de uma bebida energética e refrescante colhida no livro "Eu amo café", de Susan Zimmer, publicado pela editora Prumo (depois volto a falar sobre esse livro). O drink se chama Café-Cola, e, é a minha nova onda do momento! Eis a receita:

"1 xícara de chá (250 ml) de café expresso ou café tradicional bem forte e frio
113 ml de refrigerante à base de cola
4 pedras de gelo
1 fatia de limão siciliano para decorar

Coloque o gelo em um  copo de vidro alto e gelado, com capacidade para 340 ml, e despeje o café e o refrigerante. Decore com uma fatia de limão.

Obs.: O conceito de café-refrigerante foi criado por volta de 1920! Em 1996, a Pepsi produziu um refrigerante com sabor de café chamado "Pepsi Kona".

Todos com suas bebidas em mãos, chamarei aqui duas figuras sensacionais para propor o brinde e oferecer a cada um de vocês! O primeiro é o Joaquin Sabína. Tomei conhecimento sobre sua obra no período em que morei na Espanha. Um grande camarada meu chamado Pablo (meu abraço Pablão!) apresentou-me como um "cantautor", que é como eles chamam os artistas que compõem e cantam suas canções. Pesquisando depois um pouco mais, cheguei à conclusão de que o cara é um Roberto Carlos espanhol, com cds do tipo "elas cantam Joaquin Sabína". Ele tem uma produção vasta e vale à pena conhecer sua obra.
A outra personagem, é, a bem dizer, uma figura mitológica! Uma cantora fantástica, nem imagino quantos anos deve ter, mas sei que são muitos, creio que cerca de noventa. E sei também que foram muito bem vividos. 
A forma como a conhecemos aqui em casa foi bastante curiosa. Minha irmã mais velha também morou na Espanha, alguns anos antes de mim. Acontece que ao contrário de mim, ela foi um pouco mais desajeitada, pois levou uma mala enorme que tínhamos, feita de fibra de vidro. Um peso e um trabalho que, para uma moça sozinha em terra estranha eram, como gosta de dizer papai, completamente estapafúrdios! Principalmente porque depois de pouco tempo em solo espanhol, a alça da mala quebrou e minha irmã teve que ir empurrando-a, riscando o chão, na raça. Estando por lá, ela conheceu essa cantora, comprou um único disco e o pôs em sua bagagem. Acontece que, precisando fazer mais viagens lá pela Europa, ela decidiu desfazer-se deste trambolhão que era a mala, e, vejam só, a despachou em um navio aqui para Fortaleza. Papai a recolheu no porto e, ao abrí-la, encontrou o cd bem na frente, por cima das roupas sujas. Escutamos, embasbacados, o disco inteiro. Lindíssimo. A alma da cantora, mesmo ainda estando viva, encarnou no toca-discos e ele, só não saiu pulando e andando, porque creio que também estava tão embasbacado quanto nós... Após a audição, iniciou-se a sessão de tentar definí-la. Olhávamos as fotos, ouvíamos sua voz áspera, rude, ressentida, rouca, navalhante... Líamos seu nome e não sabíamos nem se era homem ou mulher! "É um velho gay!" - gritava um. "Claro que não, é uma velhinha gay, está na cara!". A dúvida enfim só se dissipou quando minha irmã esclareceu que era sim uma mulher, uma mulher já velha e que sim, era gay. Todos ficamos fãs de carteirinha e, aos poucos, fomos conseguindo outros discos e conhecendo um pouco sobre sua vida. Ela é de origem Mexicana e creio que vive na Espanha. Saiu de casa ainda muito nova e foi tentar sua carreira artística. Foi amiga de Frida Kahlo, há quem diga que tiveram inclusive uma relação amorosa. Apareceu em alguns filmes de Pedro Almodóvar. Chama-se Chavela Vargas e quero apresentá-la a quem ainda não a conhece, cantando uma música de Joaquín Sabína (ele também canta junto).
A música se chama "Noches de Boda" e é um brinde fantástico, um brinde à vida e  suas pequenas alegrias!






Noches de boda
(Joaquín Sabina)


Que el maquillaje no apague tu risa
Que el equipaje no lastre tu alas
Que el calendario no venga con prisas
Que el diccionario detenga las balas.

Que las persianas corrijan la aurora
Que gane el quiero la guerra del puedo
Que los que esperan no cuenten las horas
Que los que matan se mueran de miedo.

Que el fin del mundo te pille bailando
Que el escenario me tiña las canas
Que nunca sepas ni cómo ni cuándo
Ni ciento volando, ni ayer ni mañana.

Que el corazón no pase de moda
Que los otoños te doren la piel
 
Que cada noche sea noche de bodas
Que no se ponga la luna de miel.



Que todas las noches sean noches de bodas
Que todas les lunas sean lunas de miel


Que las verdades no tengan complejos
Que las mentiras parezcan mentira.

Que no te den la razón los espejos
Que te aproveche mirar lo que miras
Que no se ocupe de ti el desamparo
Que cada cena sea tu última cena.

Que ser valiente no salga tan caro
Que ser cobarde no valga la pena
Que no te compren por menos de nada
Que no te vendan amor sin espinas.

Que no te duerman con cuentos de hadas
Que no te cierren el bar de la esquina
Que el corazón no se pase de moda
Que los otoños te doren la piel.

Que cada noche sea noche de bodas
Que no se ponga la luna de miel
Que todas las noches sean noches de boda
Que todas las lunas sean lunas de miel.



SAÚDE!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

para comer e cantar

Como já diria o velho e bom poetinha, na sua infalível receita para viver um grande amor:
"Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?"
Saravá Vinicíus, venho aqui humildemente dizer que sou completamente de acordo e venho nessa peleja com as panelas, caçarolas, colheres de pau e matérias-primas há um bom tempo. Antes que venha alguém aqui dizer que estou fugindo do tema desse blog, eu gostaria de dizer que além dos amantes (e de qualquer outra pessoa...), os arquitetos todos deveriam saber cozinhar! É um exercício fabuloso para os sentidos (cores, cheiros, texturas, sabores...), além de fazer um casamento perfeito entre a criatividade e a técnica, que devem sempre caminhar juntas (uma alimentando a outra!)! Depois podemos discutir isso de forma mais filosófica, invocando a Teoria Geral dos Sistemas, mas fica pra outras posteriores postagens!...
Trago aqui uma receita bem fácil e simples mas com uma cara danada de sofisticada. Já a testei mais de uma vez, provei e aprovei. Aprendi em um livro de receitas que ganhei da minha irmã do meio no Natal que passou. É um livro do Jamie Oliver, aquele carinha inglês que apresenta um programa de culinária no GNT e que, segundo a mamãe, nunca lava as mãos pra cozinhar! Só de vez em quando as esfrega em um paninho que fica pendurado em seu ombro! O livro se chama "Revolução na Cozinha", da editora Globo, e, como ele mesmo sugere que ensinemos aos nossos amigos as receitas do livro, me sinto à vontade para postar uma delas aqui! Eis a receita:

Massa com Camembert assado

"Muito simples. Bastam alguns ingredientes básicos e uma daquelas pequenas caixas de Camembert que você encontra no supermecado. Tem um aspecto e um aroma maravilhosos, e os seus convidados vão pensar que você é o cara mais esperto do mundo. Temos que admitir que massa com queijo derretido não é a coisa mais saudável do mundo, mas vale a pena de vez em quando.

Para 4 - 6 pessoas
250g de queijo camembert
2 dentes de alho
1 ramo de alecrim fresco
sal marinho e pimenta do reino moída na hora
óleo de oliva extravirgem
100g de queijo parmesão
400g de rigatoni seco
150g de espinafre seco

Para preparar sua massa
Preaqueça o forno a 180°. Faça um corte circular na casca do queijo camembert, depois levante e descarte o círculo cortado. Descasque e fatie finamente o alho. Arranque as folhas de alecrim dos talos. Acomode as fatias de alho sobre o queijo, ponha uma pitada de pimenta do reino e regue com um pouco de óleo de oliva extravirgem. Espalhe as folhas de alecrim por cima e pressione-as levemente com os dedos para que fiquem cobertas pelo óleo. Rale o parmesão.

Para cozinhar a massa
Acomode o queijo em um recipiente (pode ser a própria embalagem dele, desde que compatível) sobre uma assadeira e leve-o ao forno preaquecido por 25 minutos. Enquanto isso, ponha uma panela grande de água salgada para ferver. Quando faltar 10 minutos para o queijo cozinhar, adicione o rigatoni à panela e cozinhe de acordo com as instruções do pacote. Assim que estiver cozido, acrescente o espinafre à panela e deixe cozinhar só por uns 10 segundos. Passe a massa e o espinafre por um escorredor sobre uma tigela grande, reservando um pouco de água do cozimento. Ponha de volta na panela e deixe no fogo só até que o espinafre murche. Regue com um pouco de óleo de oliva extravirgem e adicione o parmesão ralado. Se achar o molho muito grosso, acrescente um pouco da água do cozimento reservada. Tempere com sal e pimenta-do-reino e mexa bem. Tire o queijo do forno.

Para servir
Divida a massa pelos pratos. Espalhe o camembert derretido por cima ou deixe-o sobre a mesa para que se sirvam.

Bom apetite!!!

A postagem de hoje ia acabar por aqui, porém minha irmã mais velha enviou um email ontem para o papai com uma música que ela achou a sua cara. Uma beleza. "Lua Bonita", de Zé do Norte, cantada por ele mesmo. Papai duvidou, mas eu já o vi (ouvi) cantando essa música algumas vezes... vale dizer que ele se emocionou com a música, mostrando-me o braço arrepiado! Mas, depois de ouví-la, lembrei de outra música, de Petrúcio Amorim, que conheci numa festa de aniversário minha (a música, não o compositor!), pois estava em um cd que ganhei de um primo (também compositor, depois apresento aqui uma de suas músicas!). A música se chama "Meu Cenário" e ela é, com certeza, um "poema espacial". Não há como não visualizar a cena e, feliz do arquiteto que dá margem para que todas essas nuances cantadas aconteçam em um projeto! São ótimas canções para se ouvir comendo o macarrão e lendo este blog!

Espero que se divirtam!








Lua Bonita com Zé do Norte

Meu Cenário com Maciel Melo e Petrúcio Amorim


"Nos braços de uma morena
Quase morro um belo dia
Ainda me lembro
O meu cenário de amor
Um lampeão aceso
Um guarda-roupa escancarado
Um vestidinho amassado
Debaixo de um baton
Um copo de cerveja
E uma viola na parede
E uma rede
Convidando a balançar
Num cantinho da cama
Um rádio a meio volume
Um cheiro de amor
E de perfume pelo ar
Numa esteira
O meu sapato
Pisando o sapato dela
Em cima da cadeira
Aquela minha bela cela
Ao lado do meu velho
Alforge de caçador
Que tentação
Minha morena me beijando
Feito abelha
E a lua malandrinha
Pela brechinha da telha
Fotografando o meu cenário
De amor"