quarta-feira, 1 de setembro de 2010

para comer e cantar

Como já diria o velho e bom poetinha, na sua infalível receita para viver um grande amor:
"Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?"
Saravá Vinicíus, venho aqui humildemente dizer que sou completamente de acordo e venho nessa peleja com as panelas, caçarolas, colheres de pau e matérias-primas há um bom tempo. Antes que venha alguém aqui dizer que estou fugindo do tema desse blog, eu gostaria de dizer que além dos amantes (e de qualquer outra pessoa...), os arquitetos todos deveriam saber cozinhar! É um exercício fabuloso para os sentidos (cores, cheiros, texturas, sabores...), além de fazer um casamento perfeito entre a criatividade e a técnica, que devem sempre caminhar juntas (uma alimentando a outra!)! Depois podemos discutir isso de forma mais filosófica, invocando a Teoria Geral dos Sistemas, mas fica pra outras posteriores postagens!...
Trago aqui uma receita bem fácil e simples mas com uma cara danada de sofisticada. Já a testei mais de uma vez, provei e aprovei. Aprendi em um livro de receitas que ganhei da minha irmã do meio no Natal que passou. É um livro do Jamie Oliver, aquele carinha inglês que apresenta um programa de culinária no GNT e que, segundo a mamãe, nunca lava as mãos pra cozinhar! Só de vez em quando as esfrega em um paninho que fica pendurado em seu ombro! O livro se chama "Revolução na Cozinha", da editora Globo, e, como ele mesmo sugere que ensinemos aos nossos amigos as receitas do livro, me sinto à vontade para postar uma delas aqui! Eis a receita:

Massa com Camembert assado

"Muito simples. Bastam alguns ingredientes básicos e uma daquelas pequenas caixas de Camembert que você encontra no supermecado. Tem um aspecto e um aroma maravilhosos, e os seus convidados vão pensar que você é o cara mais esperto do mundo. Temos que admitir que massa com queijo derretido não é a coisa mais saudável do mundo, mas vale a pena de vez em quando.

Para 4 - 6 pessoas
250g de queijo camembert
2 dentes de alho
1 ramo de alecrim fresco
sal marinho e pimenta do reino moída na hora
óleo de oliva extravirgem
100g de queijo parmesão
400g de rigatoni seco
150g de espinafre seco

Para preparar sua massa
Preaqueça o forno a 180°. Faça um corte circular na casca do queijo camembert, depois levante e descarte o círculo cortado. Descasque e fatie finamente o alho. Arranque as folhas de alecrim dos talos. Acomode as fatias de alho sobre o queijo, ponha uma pitada de pimenta do reino e regue com um pouco de óleo de oliva extravirgem. Espalhe as folhas de alecrim por cima e pressione-as levemente com os dedos para que fiquem cobertas pelo óleo. Rale o parmesão.

Para cozinhar a massa
Acomode o queijo em um recipiente (pode ser a própria embalagem dele, desde que compatível) sobre uma assadeira e leve-o ao forno preaquecido por 25 minutos. Enquanto isso, ponha uma panela grande de água salgada para ferver. Quando faltar 10 minutos para o queijo cozinhar, adicione o rigatoni à panela e cozinhe de acordo com as instruções do pacote. Assim que estiver cozido, acrescente o espinafre à panela e deixe cozinhar só por uns 10 segundos. Passe a massa e o espinafre por um escorredor sobre uma tigela grande, reservando um pouco de água do cozimento. Ponha de volta na panela e deixe no fogo só até que o espinafre murche. Regue com um pouco de óleo de oliva extravirgem e adicione o parmesão ralado. Se achar o molho muito grosso, acrescente um pouco da água do cozimento reservada. Tempere com sal e pimenta-do-reino e mexa bem. Tire o queijo do forno.

Para servir
Divida a massa pelos pratos. Espalhe o camembert derretido por cima ou deixe-o sobre a mesa para que se sirvam.

Bom apetite!!!

A postagem de hoje ia acabar por aqui, porém minha irmã mais velha enviou um email ontem para o papai com uma música que ela achou a sua cara. Uma beleza. "Lua Bonita", de Zé do Norte, cantada por ele mesmo. Papai duvidou, mas eu já o vi (ouvi) cantando essa música algumas vezes... vale dizer que ele se emocionou com a música, mostrando-me o braço arrepiado! Mas, depois de ouví-la, lembrei de outra música, de Petrúcio Amorim, que conheci numa festa de aniversário minha (a música, não o compositor!), pois estava em um cd que ganhei de um primo (também compositor, depois apresento aqui uma de suas músicas!). A música se chama "Meu Cenário" e ela é, com certeza, um "poema espacial". Não há como não visualizar a cena e, feliz do arquiteto que dá margem para que todas essas nuances cantadas aconteçam em um projeto! São ótimas canções para se ouvir comendo o macarrão e lendo este blog!

Espero que se divirtam!








Lua Bonita com Zé do Norte

Meu Cenário com Maciel Melo e Petrúcio Amorim


"Nos braços de uma morena
Quase morro um belo dia
Ainda me lembro
O meu cenário de amor
Um lampeão aceso
Um guarda-roupa escancarado
Um vestidinho amassado
Debaixo de um baton
Um copo de cerveja
E uma viola na parede
E uma rede
Convidando a balançar
Num cantinho da cama
Um rádio a meio volume
Um cheiro de amor
E de perfume pelo ar
Numa esteira
O meu sapato
Pisando o sapato dela
Em cima da cadeira
Aquela minha bela cela
Ao lado do meu velho
Alforge de caçador
Que tentação
Minha morena me beijando
Feito abelha
E a lua malandrinha
Pela brechinha da telha
Fotografando o meu cenário
De amor"

2 comentários:

Isabelle disse...

Adorei a expressão "poema espacial"...

Unknown disse...

viva sao jorge!
sarava, ogum!

Postar um comentário