Fui, um dia desse, convidado pelo professor Marcondes, a assistir a apresentação dos projetos de arquitetura da disciplina ofertada por ele, lá na faculdade. Os projetos estavam ótimos, muito criativos, bem resolvidos, as turmas estão vindo cada vez melhores. O tema do projeto era "a casa de Deus" e quem deveria definir o que é isso era alguma criança que os projetistas conseguissem para entrevistar. Uma definição bem recorrente que apareceu, pelo menos entre os projetos que vi, era que a casa de Deus seria um local onde as pessoas se reunissem, onde houvesse o encontro e elas pudessem estar juntas, brincando, rindo, vivendo. Claro que isso dito por uma criança, com suas palavras, muito mais bem escolhidas do que as minhas...
Hoje Deus fez morada em minha cidade. Talvez fosse uma menina em uma bicicleta rosa. Talvez fosse os harmônicos do violão. O fato é que a praça viveu. Serviu de palco e platéia para o encontro. A sagração do Domingo ocorreu através do congraçamento. E a arte permeou as relações. Todos se entenderam sem quase precisar de palavras. A música foi o fio que teceu os entendimentos, e lubrificou as almas. A praça foi a casa de Deus. E eu, mais uma vez me vi criança e então me entendi divino, pois pude brincar em Sua morada.
Um comentário:
é só me chamar que eu vou. tb gostei de brincar por lá;-)
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