Me meti, não sei porque cargas d'água, em uma disciplina de pintura. Agora estou nessa peleja travada... Não são exatamente o que se pode chamar de pintura ou de aquarela, isso o professor me deixou bem claro, porque aí o mais importante é o desenho. No caso então, são desenhos iluminados com aquarela. De qualquer forma, sabendo que eu sou na verdade arquiteto e não pintor, creio que o professor topou minha empreitada. Coloco alguns desses desenhos que fiz até agora para que vocês dêem uma olhadela! Um grande abraço!
Um bule, ou como chamam aqui, tetera...
O bule com aquarela
esse é sem instrumentos de construção, à mão livre
tentei dar uma racionalizada no pimentão... hahahahaha
o pimentão com aquarela
esse prédio é na minha rua, uma loja de sapatos chinesa
uma igreja lá na Alhambra, pela perspectiva dá pra notar que eu fiz a partir de uma foto né...
O negócio agora é assim... todo dia a gente faz pelo menos uma música! Essa aqui achamos que ficou legal e então, na minha ânsia de mostrar pra todo mundo, já vou postando ela aqui... Escutem primeiro, depois a gente conversa mais! Ah! Acompanhem com a letra!
A Vingança da Gitana
(Filipe Braun e João Lucas)
Ela era solamente una gitana
que seu corpo bailava sem parar
mas um dia se viu atraicionada
por aquele que fervia o sangue seu
ela chorou, roeu e arriou-se
mas então resolveu se alevantar
mirou seu baralho vidente
e seu destino agora era vingar-se!
E a vingança da Gitana então nasceu!
Ela tratou de duas galinha preta (tosse)
para fazer macumba eficiente
teve aulas com um espadachim
um japonês ensinou-lhe o karatê
e foi treinando disciplinadamente...
E a vingança da Gitana começou!
Voam cabeças, braços, mãos, pernas...
Jorra muito sangue para o chão.
E ela terminou no filme do Quentin...
E a vingança da Gitana se acabou
E a vingança da Gitana começou
e a vingança da Gitana não parou!
Essa música cinematográfica a gente dedicou para Sidney Magal e Quentin Tarantino! Quem viu Kill Bill acho que tem tudo pra gostar...
Digam aí o que vocês acharam! A opinião de vocês é importante pra gente dar continuidade "aos trabalhos"!
Fiz essa música há um bom tempo atrás e deixei ela encostada. Agora que eu e o Filipe, o Braun, estamos em alta produção, desenterrei ela dos mais profundos confins do meu hd e fizemos esse arranjo. Nossas vozes são um quebra-galho enquanto não aparece alguém que cante dignamente. A letra é baseada no poema do Drummond, chamado "Cidadezinha Qualquer", que diz:
Cidadezinha Qualquer
(Carlos Drummond de Andrade)
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
De Alguma poesia (1930)
Fiz então a letra que se chama "Minha cidadezinha qualquer", construí essa melodia, e agora mostro pra vocês essa versão...
Uma partezinha do meu projeto de fim de curso na arquitetura foram os vídeo-espaços. A idéia é a de encenar algo na frente de um edifício interessante, com valores agregados, sejam arquitetônicos, históricos, sentimentais... Depois, a gente projeta essa filmagem na fachada do edifício, fazendo coincidir os elementos arquitetônicos reais e projetados. A idéia é deixar aquele edifício vivo. Pessoas saindo das portas, janelas abrindo, por exemplo... A encenação pode inclusive continuar após a projeção e haver um diálogo entre o real e o projetado.
Foi lembrando dessa idéia dos vídeo espaços que fiz esse trabalho. Não é exatamente um vídeo espaço, mas tem muitos elementos semelhantes. O texto a seguir explica um pouco melhor o que tentei fazer aqui.
O cine do Gordo, como é conhecido pela população, foi um cinema desde os anos 30. Mas foi pelos idos anos 70 e 80 que nele passavam muitos filmes chineses de kung-fu e outras artes marciais. Porém perdeu a luta contra o tempo. Hoje é só um prédio abandonado, esperando por outros chineses, agora não mais lutadores, e sim comerciantes. Há uma placa ali avisando da abertura de uma loja, mas que parece estar também tão abandonada quanto o velho edifício. O fato é que hoje o cinema só é cinema pelo lado de fora. E assim, meio sem querer, meio que desvirtuando o cotidiano, transforma a rua em espetáculo. O dia-a-dia irreversível, fato único, exibido cena a cena, com seus detalhes revisitados de maneira mais lúdica, onde a rua, misto de artista e platéia transforma-se em sala de exibição, vendo a si mesma, transfigurada no olhar poético da película.
É o meu primeiro desenho usando técnica direta de gravação em cobre. Tô aprendendo esse tipo de coisa aqui no mestrado. A gente desenha com uma ferramenta chamada "ponta seca" direto na chapa de cobre. Daí a gente passa tinta, coloca na prensa e pimba! Sai Nosso desenho gravado no papel! É um barato! Essa casinha que desenhei ficava atrás aqui do nosso prédio, mas essa coberta aí que mais parece as costas de um dragão dorminhoco não resistiu à chuva e caiu. Ainda bem que já não morava ninguém aí debaixo. Ontem terminaram de demolir essa pobre casinha. É isso.
Circular 2: Los portales del mundo: Los pies cansados ya no necesitan esperar por la batalla. Ya triunfaran la espera. Ya viran pasar cadáveres y más cadáveres de enemigos, a...
Circular 2: Las luces: Eran otras épocas. Fue un tiempo en que se ataban los perros con chorizo. Mi Madrid se adornaba como una linda mujer de pechos tiernos que ...